Depois da introdução dos sólidos aos 4 meses (ver, em detalhe, toda a informação sobre a diversificação alimentar aos 4 meses aqui ) e da introdução do glúten e dos iogurtes aos 6 meses (ver, em detalhe, toda a informação sobre a diversificação alimentar a partir dos 6 meses aqui), a partir de agora o FM vai comer peixe uma vez por dia e um (1) ovo por semana. Na consulta dos 9 meses, a melhor pediatra do mundo e arredores, a querida P., deu luz verde ao peixe e à gema de ovo.
Aqui ficam todas as dicas alimentares resultantes da consulta dos 9 meses:
1. Peixe
É consensual que o peixe magro pode ser introduzido entre os 7-8 meses do bebé; contudo, por indicação da nossa pediatra, introduzimos o peixe aos nove (9) meses. Nesta fase, o bebé deve comer uma refeição com carne (almoço/jantar) e outra refeição com peixe (jantar/almoço) – aproximadamente 30 g de peixe ou 30 g de carne por dia.
O peixe deve ser (o mais) fresco (possível) podendo, sem problema, ser utilizado peixe congelado.
Peixe seco, fumado ou em conserva não é permitido na alimentação do bebé.
Se, há 30 anos, os nossos pais começavam a introdução do peixe com a pescada por ser, supostamente, o peixe que menos reação alérgica podia causar, hoje é considerado um dos peixes com maior potencial alergénico. A introdução do peixe deve ser feita começando com solha, linguado, maruca deixando os peixes gordos (salmão, sardinha, cavala) para os 10 meses.
Tendo em conta que o pescado pode ser um veículo portador de mercúrio, não é aconselhável ofecer aos bebés/crianças/grávidas qualidades de peixe que, potencialmente, possam ser portadores de mercúrio (por exemplo, atum ou espadarte).
2. Ovo
O ovo é servido ao bebé sempre na versão cozida.
Se há uns anos o ovo demorava 10 dias a ser introduzido na alimentação do bebé, atualmente a introdução do mesmo é mais célere.
A primeira parte do ovo a introduzir na alimentação é a gema por ter um risco alergénico menor.
Devemos começar por oferecer ao bebé 1/4 de gema bem cozida, esmagada, por dia e aumentar, progressivamente, até comer 1 gema cozida completa.
Caso o bebé não apresente qualquer reação alérgica, introduzimos a clara de ovo cozida esmagada. Há, contudo, pediatras que preferem esperar pelos 11 meses do bebé para introduzir a clara de ovo.
Se o bebé não apresentar qualquer intolerância alimentar ao ovo, pode comer um (1) ovo cozido por semana.
3. Cálcio
Este último ponto não é, propriamente, uma novidade mas sim uma “atualização” na alimentação do FM. O FM não faz a digestão do iogurte.
Experimentámos todas as marcas de iogurtes naturais feitos com leite de transição e a reação foi sempre a mesma: bolsou o iogurte “coalhado”. Como não é um bebé “amante” de leite e necessita de 250 mg de cálcio por dia, o leite que ingere não fornece a dose diária de cálcio necessária ao bom desenvolvimento.
Compenso com outros alimentos e com leite na papa do lanche: a papa de aveia que o FM come ao lanche (ver receita aqui) passou a ser feita com leite de transição e não apenas com água ou com sumo de laranja.
Contrariamente ao que muitas vezes pensamos, os lacticínios NÃO SÃO a única fonte de cálcio. Os brócolos são também uma ótima fonte de cálcio e, no nosso caso, passarão a ter uma presença ainda mais recorrente na sopa do bebé.
Por isso, o facto de alguém não ingerir leite, iogurtes ou queijo não significa que tenha um défice deste mineral.
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