A introdução de outros alimentos (líquidos ou sólidos) para além do leite – também denominada de alimentação complementar – deve iniciar-se quando o bebé tiver maturidade para tal.
Durante o primeiro ano de vida, é essencial promover hábitos de alimentação saudáveis que promovam um desenvolvimento adequado do bebé e se transformem numa estrutura para que, ao longo da vida, procure, de forma natural, uma alimentação equilibrada.
Para que possa iniciar-se esta nova fase, deve, previamente, avaliar-se a maturidade do lactente.
Há, como tal, alguns sinais reveladores da maturidade do bebé para que se dê início a esta nova fase:
- segura perfeitamente a cabeça;
- senta-se numa caseira sem apoio (ou com o mínimo de apoio);
- demonstra capacidade de “varrer” a colher;
- engole alimentos (sem ter consistência líquida) sem se engasgar;
- tem coordenação óculo-motora;
- demonstra (ou desenvolver) o movimento de “pinçar” (começando a pegar os alimentos com os dedos autonomamente).
Caso o bebé demonstre a maioria desta capacidades, revelará maturidade para que se inicie a diversificação alimentar – sempre mediante aprovação prévia do pediatra.
Não há, como tal, uma data rígida para que a diversificação alimentar tenha início.
Não obstante, é consensual que esta não deve ser iniciada antes dos 4 meses de idade, dada a imaturidade do lactente para iniciar esta nova etapa evitando, também, o risco de sobrecarga.
O período entre os 4 e os 6 meses tem sido apontado como ideal para se iniciar a introdução de outros alimentos dado que, nesta fase, o leite (materno e/ou fórmula) já não é, por si só, suficiente para satisfazer as exigências nutricionais do lactente.
Ainda que o momento “ideal” para introduzir novos alimentos seja sempre ditado pelo lactente, não se devem ultrapassar os períodos críticos de introdução de alimentos sólidos pois tal aumenta o risco de dificuldade na alimentação e potencia riscos nutricionais e de alergia alimentar.
A diversificação alimentar é da máxima importância – em especial antes da erupção do primeiro dente – pois desenvolve no lactente a capacidade de mastigação e deglutição, a experiência de novos alimentos e o gosto por novos sabores.
Este treino de sabores é de extrema importância tendo em conta que, aos 2 anos, a janela para a habituação dos sabores começa a fechar-se.
Se o bebé não tiver tido oportunidade de explorar novos sabores, o risco de manter uma alimentação monótona – rica em calorias e pobre noutros nutrientes – é elevado implicando vários riscos para a saúde.
Enquanto pais-educadores, queremos educar crianças saudáveis demonstrando-lhes que o momento da refeição em família é um momento aprazível e não de obrigação ou pesar.
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