Se já experimentaram algumas receitas que partilho no blog, facilmente perceberão que sou fã incondicional de ervas aromáticas e de (algumas) especiarias.
Além de permitirem reduzir (ou eliminar) o teor de sal que coloco em cada refeição, dão imensa cor e sabor tornanda-o numa verdadeira experiência gastronómica!
A mesma “receita base”, pode variar completamente consoante as ervas-aromáticas e/ou especiarias colocadas.
Um exemplo típico é o arroz.
Com a base de arroz, conseguimos criar variadíssimas versões que nos transportam para imaginários diferentes!
Arroz de tomate com segurelha (com sabor e aroma a verão); arroz de açafrão (cheio de cor e sabor); arroz de tomilho (perfeito para acompanhar pratos de caça); o tradicional arroz de coentros (com ou sem peixe). Todos estes pratos têm o poder de nos transportar para memórias, viagens ou datas especiais na nossa vida.
Por isso, quando iniciei a diversificação alimentar do FM, uma das minhas primeiras perguntas à MPM foi sobre a introdução de ervas aromáticas e especiarias nos pratos que lhe estava a oferecer.
A partir dos 6 meses, podemos introduzir salsa ou coentros nas sopas ou purés de legumes.
Devemos adicioná-las cruas, bem picadas e depois de lavadas (muitíssimo bem!).
Hortelã, alecrim, salva, cebolinho, tomilho, alfazemas são outras opções de ervas aromáticas que, de seguida, podemos introduzir na alimentação do bebé. (Já experimentaram os “shots” de puré de pêra com alfazema que partilhei aqui)? DELICIOSOS!
Para as especiarias doces (baunilha, canela, erva-doce, curmuca (açafrão), cardamomo) tivemos luz verde, em pequenas quantidades, aos 9 meses. Contudo, muitos pediatras, recomendam a sua introdução apenas aos 12 meses.
Para as especiarias picantes (e com aroma mais intenso), os 12 meses são apontados como a data mais consensual para a sua introdução.
Contudo, tal como já partilhei aqui várias vezes, é o contexto sócio-cultural no qual o bebé e a família se inserem que, muitas vezes, ditará a introdução mais tardia ou mais precoce de determinados alimentos.
Tal como sucede com as leguminosas – a base da alimentação de muitos povos que, como tal, são o mote para a diversificação alimentar do bebé aos 6 meses – as especiarias, na sua plenitude, são introduzidas na alimentação de muitos bebés em países asiáticos, africanos ou da américa latina desde os primeiros dias.
Um excelente exemplo disso – como tantas vezes nos relembrou a MPM fruto das suas missões humanitárias em Moçambique – são as mães africanas que, jamais, conseguirão preparar algo para os bebés que não “devidamente” temperado com especiarias.
Tal como nos alertou a MPM (sempre muito perspicaz), devermos ter apenas o cuidado de introduzir cada erva aromática (ou especiaria) após degustação “plena” desse alimento por parte do bebé.
Se adicionarmos ervas aromáticas ou especiarias na(s) primeira(s) vez que apresentamos um alimento novo ao bebé, não vamos permitir que ele apreenda, corretamente, o seu sabor (comprometido pela utilização das ervas aromáticas ou especiarias).
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